Elizângela Baré e Maickson Serrão recebem a jornalista Mayra Wapichana. Ela foi o braço direito no mandato da deputada Joênia Wapichana e a primeira assessora de imprensa indígena no Congresso Nacional.

Na entrevista, ela conta como foi testemunhar a história acontecendo no gabinete 231 da Câmara dos Deputados, em Brasília, e ajudar a escrever um capítulo inédito na política do país.

Um papo de parente pra parente sobre racismo nos espaços de poder e o jornalismo indígena.

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Elizângela Baré e Maickson Serrão recebem a jornalista Helena Palmquist, que passou vários dias em Altamira (PA) e região investigando, por terra e por água, os impactos da usina de Belo Monte. A hidrelétrica, imposta sem consulta prévia aos povos da floresta, expulsou 55 mil pessoas. Hoje, está secando 130 quilômetros de uma das regiões mais biodiversas da Amazônia, chamada Volta Grande do Xingu, e pondo em risco a vida de três povos indígenas, de comunidades tradicionais e de centenas de outras espécies.

A diretora de redação de Sumaúma, Eliane Brum, também analisa como foi o seminário técnico promovido pelo Ministério Público Federal sobre a hidrelétrica, que aconteceu nesta terça-feira, em Brasília. Rádio Sumaúma é uma parceria entre Sumaúma Jornalismo do Centro do Mundo e Rede Wayuri de Comunicação Indígena com a produção da Vem de Áudio.

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No episódio de hoje Maickson Serrão viajou até o extremo noroeste do Brasil, fronteira com a Colômbia e Venezuela, para conhecer o município mais indígena do Brasil, terra da Elizângela Baré e de 23 povos.

Maickson entrevistou Elizângela no lugar preferido da nossa apresentadora: a roça onde ela cultiva mandioca e plantas medicinais. As roças rio negrinas são patrimônio imaterial reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Dabukuri é uma cerimônia milenar que ocorre na região do Alto Rio Negro, com trocas de saberes e conhecimentos que envolve cantos, música, dança, bebida, alimentos, histórias.

Vem ouvir nosso Dabukuri com participação também de Juliana Albuquerque e Adelson Ribeiro, comunicadores indígenas da Rede Wayuri, nossa parceira em Rádio Sumaúma.

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“O meu povo não aceita mineração”. As palavras são de Davi Kopenawa, xamã e líder do povo Yanomami. Kopenawa quer dizer casa de marimbondo e todo mundo sabe que não se deve mexer na casa de marimbondo.

No dia 20 de janeiro, o Brasil acordou com uma frase: “Não estamos conseguindo contar os corpos”. O desabafo de um profissional de saúde que atua na Terra Indígena Yanomami, entre os estados de Roraima e Amazonas, se tornou o título da reportagem que revelou com exclusividade o número aterrador que passou a ser repetido por autoridades e imprensa brasileira e internacional: 570 crianças da etnia Yanomami morreram por causas evitáveis nos quatro anos do governo do extremista de direita Jair Bolsonaro, um aumento de 29%.

No episódio de hoje, Elizângela Baré recebe Talita Bedinelli, repórter de Sumaúma que está em Boa Vista, acompanhando as ações de emergência para salvar o povo Yanomami da tentativa de genocídio que sofreram nos últimos quatro anos.

Também participam deste episódio Érica Vilela, presidente da Kumirayoma Associação das Mulheres Yanomami. A entidade representa as mulheres yanomami do rio Cauaburis e afluentes.

E Lucia Alberta, do povo Baré, diretora de Promoção e Desenvolvimento Sustentável da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

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Elizângela Baré recebe a jornalista Letícia Leite para contar os bastidores de Brasília nos primeiros dias em que os indígenas colocaram, de forma inédita, os dois pés no Governo Central.

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As crianças e adolescentes são sujeitos de direitos na lei, mas não na vida cotidiana do Brasil. E não na imprensa. Na Amazônia, elas são pouco ouvidas. Em Altamira, sede de SUMAÚMA, as crianças foram as que sofreram maior impacto com a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. Elizângela Baré e Maickson Serrão recebem Daniela Silva, ativista do movimento das mulheres negras. Ela coordena o projeto Aldeias, que quer fazer a ponte entre as crianças da cidade e as crianças da floresta para incentivar os jovens a se reconectarem com o rio Xingu e conta como é Altamira para as crianças.

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Sumaúma acredita que é muito importante recuperar a perspectiva de uma democracia que inclua as outras espécies não humanas. Por isso, no episódio de hoje, Elizângela Baré e Maickson Serrão conversam com cientistas pra representar as outras espécies em suas justas reivindicações ao presidente Lula.

Jansens Zuanon, fala pelo Acari-zebra. Camila Ribas, fala pelo Jacamim-de-costas-escuras. Marta Regina Pereira fala pela Assacu. E Ricardo Spaniol, fala pela borboleta colorida.

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Nesse episódio, Elizângela Baré e Maickson Serrão conversam sobre a transição do governo na pauta indígena e socioambiental.

“Marina é da Amazônia, junta esse conhecimento tradicional, original, com o conhecimento técnico e com a capacidade de articular equipes e uma capacidade política muito grande também. Se, de fato, o presidente Lula convidá-la (para ser ministra do meio ambiente), eu espero que ela aceite, porque ela fará, se aceitar, uma grande diferença”, diz João Paulo Capobianco que participa do podcast porque é cogitado para compor a equipe de transição do novo governo na pauta ambiental. Para ajudar a entender quais serão os primeiros atos do governo Lula nessa pauta também ouvimos a antropóloga Braulina Baniwa, da Articulação Nacional das Mulheres Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e a deputada federal Joênia Wapichana.

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