• Quem é Maria?

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Quem é Maria?

By: Maria
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  • Reflexões de uma arteira e artista em busca de seu lugar no mundo com uma pitada de poesias duvidosas!
    Maria
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Episodes
  • O que de mim ainda está comigo?
    Jan 26 2025

    Um pouco sobre não se reconhecer e qual a permanência da essência do ser.



    Escrita: Sou Agora (O que de mim ainda está comigo?)

    Autora: Maria



    O que de mim ainda está comigo?

    Como se o tempo passando como vagões me fizesse esquecer entre o barulho dos trilhos

    Eu me perdesse por esquecer quem eu sou mesmo que ser seja uma mudança constante

    Como se perde quando se é?

    Culpo o que não tem culpa mas talvez todas as perdas me levaram para nunca mais

    Quem permanece aqui se não um ser estrangeiro frente a um futuro fadado pelo tempo de passar e passar e continuar de passagem

    Uma luta que se sobrevive de fragmentos que até mesmo conhecido as vezes desconectados e logo perco o sentido

    Sentido de que afinal?

    Sentido na alma daquele que caminha porque de todas as tentativas sobrou esta

    Um corpo em movimento que vai contra o que acredita se esquecendo de admirar o caminho já que está tão virado para dentro que fora não enxerga

    Fadado a cair em todas as suas escolhas

    Afinal olhar para dentro em procura do que sou ou do que resta me faz perder-me no tempo que não para

    Cada vez sem mais respostas me perco no abismo do meu ser sem saber de posso chamar de “meu”

    E se pelo vislumbre olho para fora meus olhos não são capazes de admirar as paisagens já que os olhos estavam por muito tempo acostumados com o escuro

    Talvez dentro tenha luz mas não sei se me encontro ou me perco nas sombras que a luz provoca e me contendo achando ser verdade

    Espertos são os malucos e doidos e dessa loucura eu bebo porque frente a toda a procura da vida em minha direção não se passa de ilusão e fantasia

    Na minha loucura encontro maiores momentos de sanidade e aí talvez e só talvez eu fique de frente com quem eu mais sou

    Por entre as sombras da luz saio da caverna do fantasiatico ser e olho para o sol para a lua as estrelas e para mim

    Noto que o mundo é grande e maior são suas complicações e eu nunca fui boa em tornar as coisas simples

    Na minha loucura eu noto a sanidade excessiva que faz tudo ser questionado quando na verdade o que há de mim em mim é o fato de que mesmo prisioneira do tempo me encontrar no agora

    Sem passado com futuro sem futuro com passado pouco importa mesmo que a memória falha tente se lembrar

    O que há de mim em mim é a minha maior loucura de parar e esquecer do ponteiro do relógio

    Nunca deixarei de ser enquanto eu conseguir rasgar o tecido temporal e ficar cara a cara com o agora

    Afinal agora, eu estou aqui.

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    3 mins
  • Às vezes temo poesias…
    Jan 19 2025


    No episódio de hoje, trago uma escrita sobre aquele medo de se perder em um livro de poesias, de se ver refletida em palavras que parecem gritar a verdade que a gente não quer ouvir? Pois é, é disso que falo aqui. A poesia tem esse poder, de nos tirar do lugar, de nos fazer olhar pra dentro e, muitas vezes, a gente não tá pronto pra isso. Vem comigo explorar esses sentimentos de incerteza, silêncio e a batalha interna entre o que a gente quer sonhar e o que já viveu.


    Poesia: Não sei se tem um de fato

    Autora: Maria


    Ando com medo de me encontrar em uma página de Drummond

    Temo me identificar profundamente com as palavras de Álvaro de Campos

    Não me atrevo as escritas de Florbela

    Estou apavorada antes de sequer abrir um livro de poesias

    Estou desesperada que paro no antes e nunca chego no depois ou no durante

    Porque nesse instante eu tenho certeza que as palavras poéticas conseguem me decifrar…

    até mesmo dizer aquilo que não ouso sussurrar para mim

    São tempos de mudança em que o coração voltou a bater

    Mas permaneço sentada na cama quase deitada com a minha atenção comprometida pelo bpm que ecoa em minha caixa toraxica

    Até minhas escritas se não muito bem ditas e escondidas podem me fazer correr

    Já que o que eu já havia aprendido com a vida se torna gritante e não sai dos meus pensamentos…

    como o sino da igreja que toca de hora em hora

    uma hora dessas ei de explodir em mim ou, de forma irônica encontrar “silencio”

    Me terei como ganha, a vida ganhou essa rodada e nessa mesma roda eu caio na realidade pavimentada

    me quebro

    me contorço

    não quero me ouvir

    se é que sei ao certo o que falar

    Mas de tudo o que se passa eu aprendi que nem sempre faz bem sonhar

    Assim como novamente me encontro frente ao tempo e dos menores males eu olho para trás

    Quem sabe antes de tudo… tudo esse que nem ao menos sei o que significa

    Ao invés de olhar para frente e sonhar uma grande fantasia que nem com muito esforço consigo encontrar um elo que a conecte com a realidade por mim vivida

    Já ganhei muito com os anos, mas sem nenhum engano, me lembro mais das partidas e daquelas que partiram sem nem ao menos estar

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    3 mins
  • Não sou frágil, mas te amo.
    Jan 18 2025




    No episódio de hoje, mergulhamos em uma das forças mais contraditórias e universais: o ato de amar. Amar é abrir as portas para o outro, mas também lidar com a fragilidade que isso traz — o medo de se ferir e, ainda assim, o desejo de seguir em frente.


    A poesia Frágil nos guia nesse caminho, refletindo sobre como o amor pode ser tanto uma tempestade quanto um refúgio. É sobre o equilíbrio entre acolher e se proteger, entre ser forte e se permitir sentir. Entre com cuidado.


    Poesia: Frágil

    Autora: Maria


    Esta vai para você

    Entre com cuidado

    Sei que a mobília não está tão arrumada, mas pode deixar que os cacos de vidro eu peguei todos

    Ninguém vai machucar os pés

    O café já está quase pronto

    E eu estou louca para te ver

    Não faz nem um dia que eu estou longe

    Mas o tempo brinca com a gente, né?

    Quando está perto, o tempo voa como o vento e que entra pela janela do seu quarto

    Quando estamos longe, sinto que envelheço décadas e o compasar do relógio não passa

    Enfim, entre com cuidado

    Não sou frágil, mas te amo.

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    1 min

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