Clandestinos

By: PÚBLICO
  • Summary

  • Histórias sobre pessoas a quem o 25 de Abril de 1974 devolveu a liberdade mas também o próprio nome. Do mergulho na clandestinidade ao dia inteiro e limpo em que saíram do silêncio.

    2024 PÚBLICO
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Episodes
  • Branca Carvalho: no 1.º de Maio distribuiu panfletos que fez na clandestinidade
    May 1 2024

    Branca Carvalho até se riu quando viu a propaganda que o irmão mais velho tinha para distribuir no 1.º de Maio de 1974, no Porto. “Abaixo a vida cara! Fim às criminosas guerras coloniais! Por aumentos de salários e melhores condições de vida! Abaixo o Governo fascista! Façamos do 1.º de Maio uma grande jornada de luta!

    Passara quase um ano a trabalhar para o Partido Comunista Português (PCP) na clandestinidade. Numa divisão da casa que partilhava com um camarada, em Valbom, Gondomar, tinham montado uma tipografia.

    Esta é a história de Branca Carvalho.

    Clandestinos é uma série coordenada por Inês Rocha que termina neste Primeiro de Maio. Cada episódio traz um jornalista e uma história diferente.

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    27 mins
  • António Vilarigues, o homem que foi clandestino duas vezes
    Apr 24 2024

    António Vilarigues não entrou na clandestinidade. Nasceu na clandestinidade, fruto das circunstâncias dos pais, Alda Nogueira e Sérgio Vilarigues, dois históricos do Partido Comunista Português, que então viviam sob outras identidades. Foi assim que passou os primeiros quatro anos de vida, até que um incidente com jornais Avante clandestinos, com os quais queria brincar, obrigou os pais a decidir que seria melhor que António, hoje com 70 anos, fosse viver com a avó materna.

    Só anos depois saberia o seu verdadeiro apelido: Vilarigues, nome que lhe passou o pai, o homem que mais tempo passou na clandestinidade. Foram 32 anos, depois de passagens pelas piores prisões do regime, incluindo o Tarrafal.

    António cresceu, tornou-se militante do partido, juntou-se com a então companheira, Lígia Calapez Gomes, com quem foi forçado a passar novamente à clandestinidade, em 1971, depois de ambos terem escapado a uma vaga de prisões da PIDE. A revolução apanha o casal numa casa nos Carvalhos, em Gaia, onde imprimiam comunicados a apelar à greve no 1º de Maio. “Só nos apercebemos do 25 de Abril às 13h30 da tarde, porque as rádios no Norte não estavam a transmitir”, diz. A Renascença passava então uma música anti-imperialista do cantor argentino Atahualpa Yupanqui. Foi essa a sua senha.

    Clandestinos é uma série coordenada por Inês Rocha para acompanhar neste mês de Abril e até ao Primeiro de Maio. Cada episódio traz um jornalista e uma história diferente.

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    30 mins
  • Armando e Mariana: camaradas e companheiros, na clandestinidade e na liberdade
    Apr 17 2024

    Ele vinha de uma família numerosa, ela era filha única. Ela foi clandestina praticamente desde o dia que nasceu, ele estava a entrar nesse mundo dos nomes falsos e das profissões fictícias. Complementavam-se. Juntaram-se numa casa em Lisboa como um casal só para as aparências – cada um deles até comprou uma aliança. Três meses depois, já não fazia sentido ser apenas assim. Para além de camaradas, passaram também a ser companheiros. Até hoje.

    Esta é a história de Armando Morais e Mariana Rafael, que se conheceram e apaixonaram na clandestinidade, quando eram Sérgio e Clara. “Tive uma sorte incrível, porque ele não podia ser um estafermo. Também houve.”

    Clandestinos é uma série coordenada por Inês Rocha para acompanhar neste mês de Abril. Cada episódio traz um jornalista e uma história diferente.

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    28 mins

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